TETRAVIRAL

A diferença entre essas doenças

São viroses de transmissão respiratória, contra as quais existem vacinas eficazes. Estas viroses comumente são incluídas entre as doenças comuns da infância, mas também podem ocorrer em adultos não vacinados ou que não foram infectados quando crianças, geralmente em maior gravidade.

 

O sarampo é caracterizado por uma fase catarral com febre, tosse e conjuntivite; em seguida, acontecem as erupções \'manchas´, que começam atrás das orelhas e se espalham, descamando ao terceiro dia.

A rubéola tem uma fase de 1-2 dias com conjuntivite muito suave e resfriado, febre, aumento dos gânglios e dor na área dos olhos, atrás das orelhas e no pescoço. Logo saem as erupções que progridem da cabeça para baixo, clareando no terceiro dia.

A varicela é uma doença viral que mais coça, sua erupção é caracterizada por manchas vermelhas que se transformam em bolhas e depois crostas acompanhadas de febre até o 5º dia. A pessoa infectada pode transmitir a doença, pelo ar, até 21 dias antes do surgimento das primeiras bolhas.

A caxumba sua manifestação mais comum é o aumento das glândulas salivares, acompanhada de febre. A sua a maior ocorrência é no inverno e na primavera, período de temperaturas mais baixas.

 

Em casos de notificação de surtos das doenças, os pacientes devem ficar isolados e deve ser avaliada a caderneta de vacinação de todos que tiveram contato com os pacientes.

 

Surtos de caxumba no Brasil

O número de surtos de caxumba no Brasil tem aumentado de forma significativa nos últimos anos, pois há uma geração de jovens adultos que não recebeu as duas doses da vacina contra a caxumba e, muitos nasceram antes de a vacina ser incorporada ao calendário nacional de vacinação na primeira infância e ainda não passaram por campanhas nacionais de vacinação para adultos, por isso os jovens estão mais propensos a ter a doença.

 

Além da maior quantidade de casos, o perfil dos contaminados também mudou. Nos últimos anos observou-se deslocamento da faixa etária da caxumba – que era mais comum em crianças pequenas – para crianças acima de dez anos, adolescentes e adultos jovens. Nesses casos, a doença pode ser mais severa e levar à encefalite e meningite.

 

A vacina é o melhor remédio

O sistema público disponibiliza de rotina uma dose de varicela apenas na apresentação SCR-V, aplicada aos 15 meses, nas crianças que já receberam a primeira dose de tríplice viral com 1 ano.

 

Em relação à varicela, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina, com intervalo de três meses: aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, o uso da vacina SCR-V pode ser adotado.