A meningocócica do tipo B é uma das formas mais agressivas da enfermidade . “Ela tem uma evolução muito rápida”, conta a médica Flávia Bravo, presidente da regional do Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “O período entre a incubação e o momento em que a doença se apresenta é de um a três dias”, informa.
Além disso, até a chegada do novo imunizante, o MenB era o único que não contava com uma vacina. “Graças à vacinação em massa contra a meningite C, houve uma redução da doença. Porém, a maior parte dos casos passou a acontecer por causa do meningococo B”, explica Flávia Bravo. Além dessas duas versões da doença, há também as cepa W e Y, contra as quais também existem medicações.
Sintomas
Os primeiros sinais da meningite costumam ser febre alta, dor no corpo e vômito. Como esses são sintomas comuns a outras enfermidades, é difícil diagnosticar a doença. O caso é ainda mais complicado nos bebês. “A rigidez na nuca, que é um sinal muito claro de inflamação das meninges, muitas vezes não acontece neles”, avisa a médica da SBIm. Ela explica que, no caso dos pequeninos, ocorre o chamado abaulamento da fontanela, que é quando a moleira (localizada no topo da parte posterior da cabeça) fica tensa, com aspecto estufado. “O problema é que nem sempre esse sinal aparece em tempo hábil de tratar a doença”, pondera Flávia.
Transmissão
A disseminação das meningites bacterianas é de pessoa para pessoa, principalmente por meio de gotículas e secreções expelidas pelas vias
respiratórias.
Prevenção
A principal forma de se manter longe da meningite B (e dos outros tipos) é por meio da imunização. E o ideal é que ela comece o mais cedo possível. Bebês devem tomar três doses no primeiro ano de vida (aos 3, 5 e 7 meses) e um reforço após o primeiro aniversário (entre 12 e 15 meses). Os pequenos que têm mais de 6 meses recebem duas doses até completarem 1 ano e uma terceira no segundo ano de vida. Para crianças maiores, adolescentes e adultos a indicação são duas doses com intervalos de dois meses entre cada uma.
É importante também que aqueles que têm contato com os bebês se vacinem. “Os adultos podem ter a bactéria na garganta e transmiti-la sem que a doença se manifeste”, alerta Flávia Bravo. Além disso, sempre que possível, evite levar o filhote a locais de grandes aglomerações, que favorecem a contaminação.
Fonte: Bebe.com.br
Originalmente: http://bebe.abril.com.br/saude/meningite-b-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-tipo-mais-comum-da-doenca-em-criancas/